domingo, 15 de dezembro de 2013

Vimāna-vatthu 9: Padīpa-vimāna



Vimāna-vatthu 9: Padīpa-vimāna

Mansão da Lâmpada
 
 Tradução
 

Davi Coêlho


Enquanto o Abençoado estava residindo em Sāvatthi, em um dia de Observação (i.e, Uposathā) muitos seguidores leigos, tanto homens quanto mulheres, em observação do dia praticaram generosidade ao dar esmolas antes do meio dia, cada um de acordo com seus meios, tiveram suas refeições na hora certa e, vestidos em vestimentas limpas com mantos limpos e perfumes e flores em suas mãos, foram à tarde para o mosteiro, ajudaram os monges que inspiram a mente, e no início da noite ouviram o Dhamma. Enquanto eles ainda estavam ouvindo e queriam passar a noite lá, o ambiente tornou-se escuro. Então certa mulher pensou, “Eles precisam acender uma lâmpada aqui,” e tendo ela uma lâmpada e coisas com a qual acendê-la que foram trazidas de sua casa, acendeu esta, colocou-a próximo do assento do Dhamma, e escutou ao discurso. Satisfeita com seu presente da lâmpada ela ficou cheia de alegria e felicidade e após ter feito reverências, voltou para sua casa. Algum tempo depois ela faleceu e renasceu no domínio dos Trinta e Três, em uma mansão de joias brilhantes. Mas como a luminescência do seu corpo era muito grande, ela brilhava mais do que os outros devas e emanava esplendor sobre as dez direções. Agora, certo dia quando o Ven. Mahā-Moggallāna estava fazendo uma viagem pelos mundos celestiais, este chegou ao domínio dos Trinta e Três, e tendo visto esta devatā, dirigiu-se a ela: 

     1. “Você que tem beleza inigualável, devatā, está fazendo todas as direções radiantes como a estrela da manhã.
     2. Por qual motivo sua beleza é tal? Por qual motivo aqui você prospera, e para ti surgem quaisquer coisas que são agradáveis a seu coração?
    3. Por qual motivo tu és uma devatā de esplendor imaculado, ultrapassando em brilho todos os outros? Por qual motivo todas as direções são iluminadas por todos os teus membros [do seu corpo]?
     4. Eu pergunto a ti, devī de grande majestade, qual mérito você realizou quando era um ser humano? Por qual motivo teu esplendor majestoso é assim e sua beleza ilumina todas as direções?”
     5. A devatā, contente por ter sido questionada por Moggallāna, quando feita a pergunta explicou sobre qual ação este era o fruto.
     6. “Quando eu, em um nascimento passado era nascida entre os seres humanos no mundo dos homens, quando houve densa escuridão em uma noite negra, eu dei uma lâmpada na hora apropriada.   
7.  Aquele que, quando há densa escuridão, doa uma lâmpada na hora apropriada para ser doada, renasce em uma Mansão de joias brilhantes, abundante em flores, com muitos lótus brancos.
     8.  Por causa disto minha beleza é tal, por causa disto aqui eu prospero e surgem quaisquer coisas que são prazerosas ao meu coração.
     9.  Por causa disto eu sou uma devatā de esplendor imaculado, ultrapassando todos os outros. Por causa disto todas as direções são iluminadas pelos meus membros. 
    10. Torno conhecido a ti, monge de grande majestade, que mérito eu realizei quando era um ser humano. Por este motivo minha brilhante majestade é tal e minha beleza ilumina todas as direções.”

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