A
História de Khemā
Tradução
Khemā era a rainha principal de Bimbisāra, o rei de Māgadha.
Quando o Buda veio à cidade de Rājagaha, acompanhado de mil Arahants que antes
eram acetas adoradores do fogo da floresta de Uruvela e que haviam sido
convertidos para o Dhamma, ele foi dado as boas vindas pelo rei com um grupo de
12, 000 pessoas. O Buda então deu uma palestra apropriada e, após ouvi-la, o
rei e a maioria de seus seguidores alcançaram o fruto de Entrada na Correnteza.
No próximo dia, o rei ofereceu comida ao Buda e ao Sangha, e doou o Bosque do
Bamboo (Veluvana) para a residência deles. O Buda passou seu segundo, terceiro,
quarto, décimo sétimo e vigésimo Retiro do Período de Chuva lá. Em outras
ocasiões, também, ele ficou lá durante o curso de suas viagens. Enquanto o Buda
estava lá, o rei se certificava de toda oportunidade para vê-lo e ouvir seus
discursos.
Contudo, sua rainha principal, Khemā, não se preocupava em ver
o Buda. Ela era muito bela e passava a maior parte do seu tempo cuidando de sua
beleza. Ela ouviu dizer que o Buda muitas vezes falava com desdém da beleza
física, que de fato ela tinha medo e estava relutante em ver o Mestre. Porém,
tendo saboreado o Dhamma, o rei queria compartilhá-lo com ela. O rei era cinco
anos mais jovem do que o Buda, portanto a rainha provavelmente ainda estava no
início de seus trinta e poucos anos, e devido a sua vaidade narcisista ela não
tinha desejo algum em ouvir o Dhamma. Então o rei arquitetou um plano para
trazer a rainha ao encontro do Buda.
Ele fez com que canções fossem compostas por poetas e cantadas
por menestréis, canções que faziam um brilhante tributo ao esplendor do Bosque
do Bamboo. Os poetas fizeram o seu melhor para tecer uma ótima imagem literária
do jardim. Suas canções exaltavam as atrações do local, retratando sua semelhança
ao Nandavana do mundo celestial, a visita das deidades ao jardim, as suas
maravilhas e paixões, a residência do Buda que acrescentava ao esplendor do bosque e assim por diante. Estas canções estavam em estrofes em Pali e elas bem
poderiam ter comovido os ouvintes se recitadas por um cantor dotado de voz
prazerosa.
Estas canções também eram cantadas pelas damas da corte. Ao
ouvi-las, a rainha ficou ansiosa para visitar o jardim. De fato, não havia
dúvidas sobre o esplendor do bosque. Anteriormente, era prazeroso apenas
desfrutar da visão de suas flores e árvores. Agora, era agraciado pela glória
do Buda, com seu ensinamento do Dhamma, com muitos meditadores e monges
absortos em jhāna.
Não é de se surpreender que as divindades adoravam visitar o local e nunca se
cansavam de ver o Buda e ouvir seus discursos.
A rainha Khemā então pediu ao rei permissão para
visitar o bosque. O rei alegremente deu seu consentimento, mas estipulou que
ela deveria ver o Buda. Para evitar tal encontro, a rainha foi lá enquanto o
Buda estava fora durante sua costumeira jornada para pedir comida. Ela ficou
totalmente encantada pela beleza do jardim. Passeando pelo local, ela viu um
jovem monge em profunda meditação sentado abaixo de uma árvore. Ela
perguntava-se porque um homem tão jovem havia se dedicado a uma vida santa que
era, ela pensava, apenas para pessoas idosas que haviam se entregado aos
prazeres dos sentidos quando eram jovens.
Quando ela estava prestes a retornar ao palácio, os menestréis
que haviam acompanhado-a, lembraram-na da instrução do rei e sob a pressão
destes ela teve que proceder à Gandhakuti, a residência do Buda. Ela esperava
que ele ainda não estivesse voltado de usa jornada por esmolas na cidade, mas a
confrontação que ela tanto temia foi inevitável.
Conforme ela entrou o salão principal, ela viu uma garota extremamente
bela abanando e fazendo reverências ao Buda. A garota era apenas um simulacro,
uma ilusão, criada por ele. A rainha estava imensamente surpresa porque ela
pensava que a garota era verdadeira. Ela nunca havia visto uma beleza como
aquela antes, uma garota tão bela que sua própria beleza esvanecia a
insignificância. O que ela viu removeu sua má interpretação de que o Buda
desaprovava mulheres belas. Também serviu para murchar seu orgulho e vaidade.
Conforme a rainha Khemā admirava a garota, exercendo seu poder
sobrenatural, o Buda fez aos poucos a garota envelhecer bem diante dos olhos da
rainha. A garota envelheceu gradativamente até que ela se tornou uma mulher
velha de noventa anos, com seu cabelo tornando-se cinza, seus dentes quebrados,
sua pele enrugada e seus ossos sobressaindo. Ao ver isso a rainha ficou
profundamente chocada. Ela se tornou consciente da impureza e repugnância do
corpo humano e a vaidade que fazia com que as pessoas se apegassem a seus
corpos.
Então o Buda falou com a rainha. Ele disse à ela para refletir
sobre seu próprio corpo. O corpo é o objeto para o apego das pessoas
ignorantes, apesar dele cheirar mal, de suas impurezas, repugnâncias, e
suscetibilidade a doenças dolorosas. “Khemā! Você deve fixar sua mente na repugnância
do corpo. Canse-se dele. O corpo daquela mulher
era como o seu antes de sua desintegração. Contudo, agora é repulsivo, e seu
corpo também seguirá o mesmo rumo com o tempo. Você deve contemplar a
impermanência de todas as coisas.”
A impermanência de todas as coisas geralmente escapa a atenção
daqueles que não estão atentos à mente e matéria no momento em que estes
surgem. Vivendo sem reflexão e sabedoria, eles (as pessoas comuns) acreditam
que o corpo físico de uma pessoa é o mesmo que era quando criança. Para eles, a
mente é tida como uma entidade permanente, e para algumas pessoas o corpo e a
mente são aspectos de uma mesma entidade permanente. Assim, é uma tendência
humana interpretar de forma incorreta a característica da permanência. Esta
ilusão é compartilhada até mesmo por aqueles que podem descrever corpo, mente e
seus elementos de forma analítica, mas que não refletiram sobre isso
corretamente. Contudo, meditadores que praticaram a atenção plena constante não
tem visão alguma sobre mãos, pés, cabeça, etc. quando eles desenvolvem concentração.
Para eles, eles veem apenas a dissolução momentânea de tudo tanto
subjetivamente quanto objetivamente. Eles claramente compreendem por si a impermanência
do mundo fenomenal.
O Buda pediu então para a rainha contemplar esta natureza das
coisas que estão destituídas de qualquer característica de permanência, pois
foi devido a sua ignorância disto que estava na raiz de sua vaidade descomunal.
“Khemā! Atraves deste insight sobre a impernência, você deve
superar a raiz do orgulho; através da superação do orgulho, você viverá em paz.”
“Assim como uma aranha vaga sem cessar por sua própria teia,
assim também através dos apegos de criação própria, as pessoas vagam sem cessar
de uma existência para outra e não conseguem se libertar da roda da vida.
Aqueles que renunciam aos prazeres dos sentidos e praticam o Dhamma podem superar
o apego e se libertarem de saṃsāra.”
Os comentários dizem que após ouvir este discurso pelo Buda, Khemā atingiu o estado de santidade
(arahant).
Com o consentimento do rei, ela se juntou ao Sangha e foi
conhecida como Khemā Therī. Ela era inigualável entre as monjas no que diz
respeito a sua inteligência e sabedoria, e foi honrada pelo Buda como a monja
de maior sabedoria.
Nota:
*A história acima foi retirada de um livro do Venerável Mahasi
Sayadaw, intitulado A Discourse on the
Sallekha Sutta, contudo, esta mesma história pertence comentário para o
verso 347 do Dhammapada.
uma questão, ao nos libertar do saṃsāra paramos a roda da vida, e o que existe como existência? ou a sensação de existir também provem do apego? Você teria algum texto sobre este assunto?
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